Voo
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Voo. Mesmo com as asas magoadas e feridas. Não encontro local onde pousar e por isso continuo a voar. Cada vez mais alto. Cada queda dói mais do que a anterior, porque por detrás dessa queda há tantas outras acumuladas em si mesmas e que ainda doem. Mas não passo pela vida a planar. Isso não. Isso não consigo. Isso não sou eu. Gosto de sentir o vento frio, o temporal, de me enfiar dentro do nevoeiro espesso à procura de algo indefinido. Persigo o sol que encandeia o olhar. Voo de asas feridas. De olhos vendados. Voo, mas não plano. Isso não. Isso não sou eu. Nem quero ser…