Porque nos levantamos hoje da cama? Porque lavamos o cabelo com determinado champô? Porque tomamos o pequeno almoço que tomamos, ou no meu caso não o tomamos de todo? Porque escolhemos esta roupa que estamos vestidos? Porque vêm aqui ao meu blog ler estes disparates? Porque é que vamos para o trabalho? Esta do trabalho é fácil de responder, pois precisamos de trabalhar e se faltarmos somos despedidos.
Não é isto, mas sim o GRANDE PORQUÊ? Nas empresas não estamos lá somente para vender merdas e afins… Estamos aqui para nos ligarmos. A vida e o Mundo é sobre Pessoas (sim uma vez mais enfatizo as Pessoas…). A Publicidade, O Marketing, As Empresas pretendem iluminar o modo como os seus produtos e serviços irão melhorar a vida das Pessoas e criar valor nelas (ou deveria ser assim...).
E como fazemos isto? Amor, Tempo, Morte!
Estes três conceitos abstratos conectam todas as Pessoas no Planeta, tudo o que queremos, tudo o que receamos não ter, tudo o que acabamos por comprar... é porque... no final do dia, desejamos Amor, desejamos ter tido mais Tempo, e receamos a Morte!
Mas o que acontece na realidade? Tememos o Amor, desafiamos a Morte e o Tempo de facto nunca é o suficiente pois... é a desculpa mais usual nos dias de hoje, porque não fizeste isto ou aquilo? Não tive Tempo…
Pois meus amigos o Tempo somos nós que o fazemos e enquanto cá estamos vamos aproveitar dele o Máximo que pudermos.
Pois meus amigos a Morte é a coisa que mais receio tenho nesta vida, pois não sei quando nem como ela irá vir, por isso em vez de sobreviver vamos... Viver!
Pois meus amigos o Amor é para ser... Vivido na sua plenitude, pois é ele que faz o sangue ferver e é ele que nos faz querer ter tudo... e desejar tudo!
Por isso vamos viver a nossa vida neste planeta e não deixar que este planeta viva a vida por nós.
Então a minha questão é: Estão a Viver a vossa Vida, ou deixar que a vossa Vida, viva a vida de vocês (eita que isto não me soa bem)?
Vamos pela vida intercalando épocas de entusiasmo com épocas de desilusão. De vez em quando andamos inchados como velas e caminhamos velozes pelo mar do mundo; noutras ocasiões - mais frequentes do que as outras - estamos murchos como folhas que o tempo engelhou. Temos períodos dourados, em que caminhamos sobre nuvens e tudo nos parece maravilhoso, e outros - tão cinzentos! - em que talvez nos apetecesse adormecer e ficar assim durante o tempo necessário para que tudo voltasse a ser belo.
Acontece-nos a todos e constitui, sem dúvida, um sinal de imaturidade. Somos ainda crianças em muitos aspectos. A verdade é que não temos razões para nos deixarmos levar demasiado por entusiasmos, pois já devíamos ter aprendido que não podem ser duradouros. A vida é que é, e não pode ser mais do que isso. Desejamos muito uma coisa, pensamos que se a alcançarmos obtemos uma espécie de céu, batemo-nos por ela com todas as forças. Mas quando, finalmente, obtemos o que tanto desejávamos, passamos por duas fases desconcertantes. A primeira é um medo terrível de perder o que conquistámos: porque conhecemos o que aconteceu anteriormente a outras pessoas em situações semelhantes à nossa; porque existe a morte, a doença, o roubo… A segunda fase chega com o tempo e não costuma demorar muito: sucede que aquilo que obtivemos perde - lentamente ou de um dia para o outro - o encanto. Gastou-se o dourado, esboroou-se o algodão das nuvens. Aquilo já não nos proporciona um paraíso. E é nesse momento que chega a desilusão, com todo o seu cortejo de possíveis consequências desagradáveis: podem passar-nos pela cabeça coisas como mudarmos de profissão, mudarmos de clube, trocarmos de automóvel ou de casa, divorciarmo-nos… E, então, surge o desejo de partir atrás de outro entusiasmo: queremos voltar a amar… Nunca mais conseguimos aprender o que é o amor. Se nos desiludimos, a culpa não está nas coisas nem está nas outras pessoas. Se nos desiludimos, a culpa é nossa: porque nos deixámos iludir; porque nos deixámos levar por uma ilusão. Uma ilusão - há quem ganhe a vida a fazer ilusionismo - consiste em vestir com uma roupagem excessiva e falsa a realidade, de modo a distorcê-la ou a fazê-la parecer mais do que aquilo que é. Quando nos desiludimos não estamos a ser justos nem com as pessoas nem com as coisas. Nenhuma pessoa, nenhuma das coisas com que lidamos pode satisfazer plenamente o nosso desejo de bem, de felicidade, de beleza. Em primeiro lugar porque não são perfeitas (só a ilusão pode, temporariamente, fazer-nos ver nelas a perfeição). Depois, porque não são incorruptíveis nem eternas: apodrecem, gastam-se, engelham-se, engordam, quebram-se, ganham rugas… terminam. P.S. 1 - Aquilo que procuramos - faz parte da nossa estrutura, não o podemos evitar - é perfeito e não tem fim. E não nos contentamos com menos de que isso. É por essa razão que nos desiludimos e que de novo nos iludimos: andamos à procura…
P.S. 2 - De resto, se todos ambicionamos um bem perfeito e eterno, ele deve existir. Só pode acontecer que exista. Mas deve ser preciso procurar num lugar mais adequado. UTOPIA PURA!
Este texto (não) pretende ridicularizar… as pessoas que de forma educada e gentil comentaram ou enviaram emails explicando e defendendo as suas crenças; no que respeita à vida depois da morte, porém, subsistem determinadas dificuldades técnicas difíceis de ultrapassar para mim, mesmo depois de me enviarem os seus vídeos do youtube com mistérios na estrada de Sintra… ainda assim estou céptico em relação a tais factos, vamos lá ver…
Eu tenho boas recordações dos espíritos. Passei muitas horas da minha infância a ler e ouvir histórias de casas assombradas. Espevitavam-me a imaginação. Ainda hoje não resisto a um bom filme de fantasmas. Tipo o sexto sentido – e gostei bastante, o argumento estava bem esgalhado.
Sempre achei intrigante que os espíritos dos defuntos mantenham tanto interesse pelo mundo físico que acabaram de abandonar. Alguns mantêm-se por cá porque continuam «ligados» à casa onde viveram as suas vidas. Depreendo que estes devem ser fantasmas de gente rica, pois infelizmente continua a existir muita malta neste mundo que não hesitaria em abandonar as suas casinhas por outras mais dignas da sua condição humana, e sem olhar para trás, este facto convence-me que de facto só existe neste segmento de mercado, no mundo metafísico para a classe alta dos espíritos, pois se colocar-mos os mesmos por exemplo Em Aleppo, queria ver o espírito a andar por la assombrar, sem as mínimas condições para viver (mesmo estando morto) sem higiene básica, a levar com petardos em cima e afins…
É um exercício provavelmente inconsequente, mas ponham-se no lugar do morto – (não me refiro ao lugar do passageiro da frente), embora pela forma como se conduz em Portugal o lugar da frente tenha grande potencial para quem deseja iniciar uma aventura no Além, mas uma vez mais, somente ficaria a assombrar o quê o meu Fiat Punto com 11 anos, com 170.000Km sem ar condicionado? Não me parece. Agora se for assim… um Austin Martin, fonix até lá eu ficaria pela eternidade fora.
Bem, vamos então supor que nos deu o badagaio, esticámos o pernil, o espírito desencarnou e estamos prontos a apresentar o nosso currículo moral (aqui chumbo de certo) ao Criador para que este carimbe a nossa entrada (no meu caso não) no Paraíso. Ficamos então com a certeza absoluta de que existe um outro mundo para além deste – o mundo espiritual. Que fazem vocês, meus caros ex-cépticos falecidos, partem à descoberta desse novo mundo prometido por Deus ou deixam-se ficar presos no nosso velho e decrépito mundo físico que de resto já conhecem? Isto é uma excelente pergunta… Ora bem temos uma cena metafísica com anjos, onde se pode levitar e coisa e tal e no outro prato da balança temos este calhau onde vivemos… Ora bem eu com o meu “espírito” empreendedor e com umas costelas de Indiana Jones até optaria pelo metafísico, ATENÇÃO, mesmo com a cena do ai e tal os anjos são assexuados….
Dizem que os espíritos se mantêm ligados ao mundo terreno porque sentem saudade dos entes queridos que aqui deixaram, já diz o meu Gabriel o Pensador “Astronauta está sentindo falta da terra? A gente aqui embaixo, Continua em guerra, Olhando aí prá lua Implorando por paz”, preocupam-se com eles, desejam protegê-los. Compreendo a dolorosa humanidade destes sentimentos, mas o meu problema com a crença em espíritos tem a ver com a forma como o mundo espiritual interage com o mundo físico. Corrijam-me se estiver enganado, mas parece-me que o mundo do Além não deve estar sujeito às leis deste mundo, ou seja, não deve estar condicionado ao Espaço e ao Tempo.
Se o Além é uma espécie de «singularidade» em que não existe Tempo nem Espaço, tenho alguma dificuldade em entender que possa existir um sentimento como a saudade. Sentimos saudade porque no mundo em que vivemos acontece estarmos fisicamente separados das pessoas que amamos pelo Espaço e pelo Tempo. Se me dizem que um espírito tem saudades e é por isso que comunica, eu respondo que então não deve ser um espírito; é uma projecção do nosso cérebro, tão sujeito às leis da física como o resto do corpo, logo por justaposição o tipo não está morto, logo fica cientificamente provado: Que ou não existe espíritos ou não existe eternidade, pois ao existir um não deveria entrarmos no conceito espaço/tempo… Uma vez mais me faz confusão.
A morte também nos separa dos vivos, é verdade, mas a separação é um problema terreno: um espírito do outro mundo não deveria ter esses problemas porque os espíritos de todos os seres que existiram e virão a existir estão livres das amarras do mundo físico, não estão sujeitos ao Tempo e ao Espaço e, como tal, estiveram e estarão sempre presentes, logo estas trapalhadas todas complicam-se ainda mais, mas ok vou fazer de conta que engulo esta, deixa ver o que vem a seguir.
Se os espíritos respondem aos chamamentos dos médiuns, então devem reter a sua identidade terrena. Vistas as coisas, talvez o mundo espiritual não seja assim tão perfeito. Conheço algumas barbies aqui na Terra cujas almas ficariam horrorizadas só de pensar no destino do seu rico corpinho; conheço outras barbies que encarariam a morte não como uma passagem para outro mundo ou «o contrário de estar vivo, in Lili Caneças», mas como uma forma mais extrema de anorexia.
Eu tenho boas recordações dos espíritos e, como disse, (não) pretendo ridicularizar quem acredita nessas coisas, mas continuo a preferir o Woody Allen quando diz qualquer coisa como filosofias e outras coisas elevadas pertencem ao espírito, mas o corpinho é que se diverte, sim sou mundano…
Lembro-me de uma ocasião em que os fantasmas tiveram uma enorme importância para a minha felicidade física, no mítico jogo do copo que para um tipo galar uma miúda ou se sentar ao lado da mesma tinha sempre essa desculpa ai e tal o espírito disse que éramos perfeitos um para o outro….
Que resta, então? Talvez o Amor, sob todas as suas formas, seja o único sentimento possível de existir fora do Espaço e do Tempo – e seja precisamente o Amor a unir ambos os mundos, caso exista outro.
Tudo bem, o Amor é bem capaz de ser o maior mistério de todos os tempos, mas mesmo assim prefiro deixá-lo ficar onde pertence – ao mundo dos vivos, ou seja, no nosso calhauzito, o terceiro a contar do sol ( se Mercúrio e Vénus ainda forem planetas) o único em que acredito.
Quanto aos espíritos, que venha ao de cima o “espirito” de Natal mas todos os dias do ano, e não durante 1 semana, e depois viramos todos uns Trolls…