Explicando o Amor!
Porque caralho querem explicar o amor? Dizer como ele deve ser, com que idade podemos sentir e quem deve sentir por quem? Quem faz o quê com quem. Etc… Etc…
Depois falam de estupidez que ai e tal e coisa, “que amor tem hora e lugar, tempo e atitude, algo particular de alguns, não aberto a outros.” So Cliché… Boring..
Pegaram tudo que faz o amor e separaram, escrutinaram o mesmo, retalharam e sei lá mais que merdas fizeram ao tipo (ainda bem que não sou eu o Amor, senão ficaria deveras fodido). Colocaram a amizade de um lado, o companheirismo do outro, respeito acolá, o sexo logo ali e esvaziaram o sentimento, deixando pouca coisa para o amor (ora bem o que resta? Depois disto ficava mesmo fuck se eu fosse o tão aclamado amor).
Depois de limparem, rasgarem, desfazerem (aqui merecia uma tripla adjectivação), decidiram lhe dar prazo. A validade é curta, quase instantânea, como os chá, sopas e outros alimentos que usamos no nosso dia a dia. Amor não dura nada, nem um instante sequer, muitos começam a falar do fim, ao invés do contrário… Isto tá de loucos. Usam o Amor com uma leviandade infernal, tornando-o lixo e uma coisa vulgar.
Ninguém mais quer nada para sempre, mesmo que para sempre seja até um dia. Visto que ninguém vive para sempre (tirando eu que serei imortalizado, algures).. Ninguém quer compromisso, só espaço para sua liberdade e desejos.
E o amor? Ele encolheu, se escondeu e quase desapareceu. Afinal, todos o clamam, mas ninguém o quer… Sou um dos acérrimos defensores de que o para sempre é complicado, mas sou um dos que não gosta de um adeus. Por isso fico no meio termo entre o AM ou o OR… Sou aquela virgula aqui no meio AM,OR.
Amar é rechear a vida de palavras, gestos e olhares. É dizer mais com o silêncio do que se pode imaginar (sou um mudo nato). É crescer junto nas descobertas, vencer os obstáculos e acima de tudo cooperar.
Amor é compromisso, compreensão, desejo e doação. Amor é entender mesmo sem entender, é dar sem pedir, é rir junto e brincar com a vida como criança no parque de diversão (daí eu não querer crecer, mesmo contra as indicações da minha psicologa para fazer o contrario).
Amar é um privilégio que esquecemos ter. Tudo porque vivemos a querer que o amor seja como se quer e não como tem que ser. AMOR que estupidez… Ainda bem que sou um resmungão zangado e não ligo puto ao mesmo, serei sempre um anti-romântico…