"M-mundo"...
Pelo vidro embaciado do meu quarto, espreito para o Mundo que me espera la fora...um Mundo que, sem duvida, não me acolhe como filho mas apenas como um insecto repugnante que voa sem destino...um Mundo que não se revela em mim, que não se proporciona à minha pequeneza / grandeza...um Mundo que desconfia de mim e do meu valor, que me interroga e que me rebaixa...um Mundo frio, gelado, um Mundo sem vida, um Mundo só de ataraxia...
E é este o Mundo que me pertence? O Mundo pelo qual eu luto e pelo qual eu espero? O Mundo que, no fundo, marca a minha passagem nesta vida, o Mundo no qual eu partilho tudo com um mero desconhecido ou com um simples amigo? O Mundo que não é o meu Mundo porque no final o que eu faço e o que todos fazemos é permanecer quedos e mudos...assistindo à destruição do Mundo que (des) construímos e à nossa própria autodestruição...porque com ele, vai um pouco de nós...e de qual Mundo falo eu?...
Fui.