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"Louco? Loucos são os Loucos que me chamam Louco mas que não conseguem ver a genialidade da minha Loucura!"

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Um aparte sobre as Caxinas!

por Narciso Santos, em 14.06.19

Fonte: https://cdn.olhares.pt/client/files/foto/big/909/9093797.jpg

Permitam-me que dirija umas palavras acerca da "Raça Caxineira", acerca da família Caxineira. Caxinas é um lugar pertencente a Vila do Conde, não é um bairro piscatório como muitas vezes aparece noticiado nos órgãos de comunicação social. Os Caxineiros são Vila-condenses de 1ª, como são os de outros lugares da cidade de Vila do Conde. Não queremos ser tratados como especiais, mas também não somos coitadinhos como muitas vezes parecem querer dizer... Os Caxineiros são pessoas de trabalho árduo, labutam na vida do mar horas a fio, (15,16 18 horas dia), por de trás do aspecto áspero, de um falar duro e rude encontra-se um homem amigo, fiel aos seus amigos, e muito dado a sacrifícios. Numa tese uma professora apresentava o homem das Caxinas como um "Homem de ferro em barcos de pau", nem mais. Os Caxineiros raramente viram a cara á luta, são pessoas capazes de morrer a trabalhar como a história tem ensinado ao longo dos anos. O Homem do mar merece-nos respeito! Uma palavra também às Mulheres das Caxinas. Muitas das vezes obrigadas pela própria vida a fazerem de pai e mãe ao mesmo tempo, como diz o ditado. "Por de trás de um grande homem está uma grande mulher", A todas as mulheres Caxineiras um bem-haja! Os Caxineiros são pessoas de fé, cultivam a fé na sua simplicidade, bairristas na doação aos seus e aos outros. Temos problemas como as outras terras têm também

Nas Caxinas conta-se uma história particular. Neste lugar, zona de pesca e de mar, de rijeza e de humildade, há um povo que lutou pela sobrevivência a bordo de um barco.

Nas Caxinas ouve-se o riso e vê-se a cor. Por todo o lado, apesar das gentes sempre vestidas de preto. Não há família caxineira que não tenha perdido alguém no mar.

Nas Caxinas vive-se com emoção. Com orgulho nas raízes. Com a coragem e a revolta dos dias vividos no limite do medo. Com um dialecto que é único. São “estátuas de bronze a andar”, os Caxineiros da poesia de José Régio. Não se sabe a origem da palavra. Poderá vir do latim “cachinare”, que significa rir às gargalhadas.

Nas Caxinas vive-se em casas de azulejos alegres, com peixe a secar nas cordas a meias com a roupa preta. Faz-se do passeio público um quintal. Passa-se a velhice entre as memórias, as agulhas de tricot, o baralho de cartas e a conversa com quem passa.

A minha Honra, a minha Homenagem aos Homens e Mulheres da minha Terra as Caxinas!


Sei lá!

por Narciso Santos, em 13.06.19
 
Neurastenia (fui arranjar um sinónimo de melancolia ao google)

...Instável...

Não me sinto bem, isso é certo. Estou com problemas solúveis, mas o facto de eles surgirem deixou-me deprimido, a juntar a isso a chuva, frio e o facto de estar debilitado fisicamente... bem se calhar sou mais um menino que precisa de mimos...
Procuro por mim, dentro da caixa dos sonhos, escondido no sótão por de trás de um espelho... o espelho mostra-me uma imagem triste, uma pessoa cansada, um rapaz que perdeu os sonhos, mas em busca de os encontrar de novo.
O vento bate no meu rosto, o frio faz-se sentir, queria tanto ter um sonho, pegar nele e voar, seguir no comboio que para em todos os apeadeiros, tocar na terra fresca e barrenta, queria sentir-me bem.
Amanhã, vai chover...espero, limpar as ruas desta cidade melancólica, amanhã as janelas estarão fechadas...e não se ouvirão os sorrisos dos putos que jogam à bola...mergulhei a cabeça na água, gritei, soltei a minha raiva, tento viver o momento...

Reticências

por Narciso Santos, em 12.06.19

Fazia frio, as minhas pernas tremiam... e depois... depois já nada fazia sentido... tudo trocado... num misto de má disposição com felicidade... um turbilhar de sensações... uma alegre confusão... a paz... a alegria... o sonho... vivemos no meio destas reticencias todas...Eu gosto de usar reticências...Porque elas são uma dádiva...Gosto de brincar de esconde-esconde com a verdade e o sentido... Encontro nelas a porta de emergência, quando há zona de perigo...como se de um trilho se tratasse...As reticências me dão a tranquilidade de parar mesmo quando não sei terminar...As reticências apagam o fogo de que não tem interesse e inflamam as chamas dos que têm curiosidade...
Génio não foi quem inventou as palavras, mas as reticências...Quando querendo dizer tudo eu digo quase nada...
Reticências não comprometem... São curtas e objectivas... Mesmo que incompreensíveis... Quando o oportuno deve permanecer implícito... Reticências são guardiãs das verdades inconvenientes... A erupção do nosso vulcão interior que não causa estragos... Usar Reticências é dar a liberdade para quem as recebe pensar o que quiser... Sempre vou usar reticências...
Não tenho segurança, nem poder e muito menos moral para usar um ponto final... entre estas reticencias... nós vivemos, nós pensamos, sonhamos... aiiii reticências que me perseguem...


"Des" Conhecidos

por Narciso Santos, em 10.06.19

E nestes momentos notamos
Que nem sempre conhecemos
Quem, conhecer pensamos,
Porque, este, de nós se afasta,
Deixando lacunas na nossa estrada.
E aquele que ao nosso mundo não pertencia,
De nós se aproxima, mostrando as marcas
Talvez por nós, mais desejadas.
Os sintomas de um desconhecido,
Que em conhecido, acaba…
A vida é mesmo assim… por vezes, pensamos que CONHECEMOS verdadeiramente as pessoas e quando mais precisamos delas, notamos que elas não estão ali para nos "atenciocisar". Muitas vezes, acabamos por recorrer ao desconhecido e é ele que se aproxima de nós para a sua mão nos estender…
Bem haja aos meus novos desconhecidos, conhecidos...

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