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"Louco? Loucos são os Loucos que me chamam Louco mas que não conseguem ver a genialidade da minha Loucura!"

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Odeio/Amo...

por Narciso Santos, em 30.03.17

 (Imagem retirada de "Essence of Soul")

Por vezes, perguntam o que é isso quando digo "escolhes aquilo que queres ser" ou outra frase parecida…
Neste meu caso, posso afirmar que "Eu sou uma pessoa que odeia"! O que é que isto tem de mal?...Nada! Não tem nada de mal! Eu (ou qualquer outra pessoa) odeia, porque "escolheu ser assim", neste momento do agora. Assim como há pessoas que escolhem ser "pessoas que amam"...
Acho que ...não há nada de extraordinário nisto, e todos percebemos isto.
O que, da minha parte, posso acrescentar é também simples.
Somos livres para escolher a nossa maneira de estar na vida! Tu amas, estás dependente desse amor, não consegues esquecê-lo, precisas desse amor…
Como pessoa, como ser humano, não te afirmas como manifestação livre e plena, bela e entusiasmante, dona dum "mundo" para se expandir e empolgar e gozar...
Mas, o que escolhes "é aquilo que tu és"! Disso não poderás duvidar… nem poderás fugir… enquanto assim o desejares.
Odeia e ama, ama e odeia!
Mas, faz um favor a ti mesmo: por um instante, "olha" para dentro de ti, na quietude do teu quarto, da tua cama, e pergunta-te se é "isso" que melhor serve o "Amor" que és!
Se "sentires" que a resposta é "o que estás a ser", tudo bem, continua!
Mas... se sentires "que, no fundo, não é isso que te faz bem", então... impõe-Te e Sê "outra versão de ti"! Uma que seja mais plena e grandiosa!
É essa que te conduzirá à felicidade desejada!...
Prefiro usar a frase: odeio-te porque te amo...


"M-mundo"...

por Narciso Santos, em 20.03.17

Pelo vidro embaciado do meu quarto, espreito para o Mundo que me espera la fora...um Mundo que, sem duvida, não me acolhe como filho mas apenas como um insecto repugnante que voa sem destino...um Mundo que não se revela em mim, que não se proporciona à minha pequeneza / grandeza...um Mundo que desconfia de mim e do meu valor, que me interroga e que me rebaixa...um Mundo frio, gelado, um Mundo sem vida, um Mundo só de ataraxia... 

E é este o Mundo que me pertence? O Mundo pelo qual eu luto e pelo qual eu espero? O Mundo que, no fundo, marca a minha passagem nesta vida, o Mundo no qual eu partilho tudo com um mero desconhecido ou com um simples amigo? O Mundo que não é o meu Mundo porque no final o que eu faço e o que todos fazemos é permanecer quedos e mudos...assistindo à destruição do Mundo que (des) construímos e à nossa própria autodestruição...porque com ele, vai um pouco de nós...e de qual Mundo falo eu?...

Fui.


Equilíbrio

por Narciso Santos, em 16.03.17

Dá-me a mão, acredita em mim, e entra no meu mundo, num mundo onde as cores se misturam, onde as ideias e os sonhos passeiam livremente. Entra e vê o que eu sou, como eu simplesmente sou. Entra e vem ver, a paz e calma que o meu mundo nos oferece. No meu mundo eu não tenho medo, no meu mundo eu sou capaz de tudo, capaz de voar sem por algum momento ter medo de cair, sou capaz de sonhar, amar, viver... no meu mundo.

No meu mundo o equilibro existe, estando a sanidade representada num risco pintado por um fino pincel que é a esquizofrenia. No meu mundo, eu sou só um, no meu mundo não existe dúvidas, no meu mundo... Não existe o vosso mundo.

Estou bem, no meu mundo... estou em equilíbrio...


Manda Vir

por Narciso Santos, em 15.03.17

Não digas mais nada

Ouve só

E não digas mais nada

Ou melhor

Não digas

Porque eu já não oiço mais nada

Aconselho-te a escrever

Todas as reclamações por extenso

Em formato A4

Num papel timbrado ou noutro qualquer

E depois rasgar cada pedaço

Noutro mais pequeno

Aconselho-te a escrever

Reescrever

Ler em voz alta

Apagar tudo na tecla Del

Também eu uso páginas escritas para fazer

Bolas de papel sem préstimo

Não digas mais nada

Ouve só

Faz marcha atrás à cassete e ouve-te

Ouve-te com os meus ouvidos

Porque eu já não vou ouvir mais nada

É hora de encolher os ombros e deixar andar

Amanhã é outro dia

E depois de amanhã há outros tantos dias mais

Deixa que fiquem coisas a meio

Frases no ar

Deixa lá isso

Manda vir outra bejeca

O elixir do esquecimento

A noite escura tenebrosa

Manda vir as saias curtas com dois tamancos

Que se lixe o resto manda vir mais disso

Esquece o assunto  e caga nisso

Manda vir outra rodada de silêncio

Manda vir mais desse licor um tanto ou quanto absoluto

Com  três pedras quentes  de uma alma nua

Cala a minha boca doida nesse copo

O que é que eu disse?

Não digas

Não digas que eu já não oiço

Manda vir!


Página da Vida

por Narciso Santos, em 14.03.17

Se me folheasses saberias que o que escrevo não é apenas uma narração pormenorizada de momentos vividos em horas que se estendem pelo chão da sala. Encontrarias nas minhas páginas esboços mais belos que qualquer poema algum dia publicado por mim.

De pedaços de papel sujos com linhas irregulares, onde habitam monstros e pesadelos aposentados, é feito o local onde te queria levar a passear, é lá onde a minha alma toca ao de leve que me torno mais meigo e me deixo levar pelo “maldito”, que tantas noites já me tirou o sono.

Quem sabe talvez, numa daquelas noites em que os pianos tocam solitárias melodias à luz de trémulas velas, tu poderias pegar na caneta e redigires em mim um poema simples e bonito, onde poucas palavras tomamariam um significado eloquente.

(…)

Anoto mais este apontamento no meu caderno que aguarda pela tua visita.


Luta!

por Narciso Santos, em 13.03.17

Estranho sempre que escrevo num caderno novo… A sensação que as palavras, outrora impressas em cadernos cheios de borrões e páginas rasgadas, sejam extintas da memória de poeta adolescente que me acompanha. Receio também as páginas que decalco, milhares de linhas por preencher com pedaços de mim ou ilusões vividas em momentos vazios… Sobrevoando tudo isto, o medo de não ser a mesma pessoa quando a tinta permanente da minha caneta chegar à última página.

Dou por mim a envelhecer entre as minhas palavras… nos meus textos. Sem muito ter de escavar, encontro diários de guerra de um combatente que assistiu a todas as grandes guerras do meu mundo acinzentado. Entre cartas ensanguentadas e relatos de batalhas terminadas, encontro a mesma sensibilidade, a mesma forma de viver cada instante, que foi amadurecendo com os ferimentos e as lentas reabilitações.

“É o mesmo, de todas as noites frias, que vos escreve. Julgo que os confrontos já terminaram há algumas semanas, deixei de ouvir os gritos de dor em meu redor e de sentir o solo tremer a cada explosão. Daqui, do fundo da minha trincheira, vos digo que o Mundo parece mais assustador que as balas do inimigo.

Já estanquei as hemorragias, sinto-me capaz de voltar a andar, mas os pesadelos que todas as noites me visitam, trazem-me à memória as dores que passei… os dramas que vivi. Espero um dia sair deste cenário de destroços e dor, até lá, fortifico a trincheira”.

As escolhas mais difíceis que fiz, serão aquelas que me darão histórias de Uma Vida!


Andamos à Procura

por Narciso Santos, em 08.03.17

Vamos pela vida intercalando épocas de entusiasmo com épocas de desilusão. De vez em quando andamos inchados como velas e caminhamos velozes pelo mar do mundo; noutras ocasiões - mais frequentes do que as outras - estamos murchos como folhas que o tempo engelhou. Temos períodos dourados, em que caminhamos sobre nuvens e tudo nos parece maravilhoso, e outros - tão cinzentos! - em que talvez nos apetecesse adormecer e ficar assim durante o tempo necessário para que tudo voltasse a ser belo.

Acontece-nos a todos e constitui, sem dúvida, um sinal de imaturidade. Somos ainda crianças em muitos aspectos.
A verdade é que não temos razões para nos deixarmos levar demasiado por entusiasmos, pois já devíamos ter aprendido que não podem ser duradouros.
A vida é que é, e não pode ser mais do que isso.
Desejamos muito uma coisa, pensamos que se a alcançarmos obtemos uma espécie de céu, batemo-nos por ela com todas as forças. Mas quando, finalmente, obtemos o que tanto desejávamos, passamos por duas fases desconcertantes. A primeira é um medo terrível de perder o que conquistámos: porque conhecemos o que aconteceu anteriormente a outras pessoas em situações semelhantes à nossa; porque existe a morte, a doença, o roubo…
A segunda fase chega com o tempo e não costuma demorar muito: sucede que aquilo que obtivemos perde - lentamente ou de um dia para o outro - o encanto. Gastou-se o dourado, esboroou-se o algodão das nuvens. Aquilo já não nos proporciona um paraíso.
E é nesse momento que chega a desilusão, com todo o seu cortejo de possíveis consequências desagradáveis: podem passar-nos pela cabeça coisas como mudarmos de profissão, mudarmos de clube, trocarmos de automóvel ou de casa, divorciarmo-nos… E, então, surge o desejo de partir atrás de outro entusiasmo: queremos voltar a amar…
Nunca mais conseguimos aprender o que é o amor.
Se nos desiludimos, a culpa não está nas coisas nem está nas outras pessoas. Se nos desiludimos, a culpa é nossa: porque nos deixámos iludir; porque nos deixámos levar por uma ilusão. Uma ilusão - há quem ganhe a vida a fazer ilusionismo - consiste em vestir com uma roupagem excessiva e falsa a realidade, de modo a distorcê-la ou a fazê-la parecer mais do que aquilo que é.
Quando nos desiludimos não estamos a ser justos nem com as pessoas nem com as coisas.
Nenhuma pessoa, nenhuma das coisas com que lidamos pode satisfazer plenamente o nosso desejo de bem, de felicidade, de beleza. Em primeiro lugar porque não são perfeitas (só a ilusão pode, temporariamente, fazer-nos ver nelas a perfeição). Depois, porque não são incorruptíveis nem eternas: apodrecem, gastam-se, engelham-se, engordam, quebram-se, ganham rugas… terminam.
P.S. 1 - Aquilo que procuramos - faz parte da nossa estrutura, não o podemos evitar - é perfeito e não tem fim. E não nos contentamos com menos de que isso. É por essa razão que nos desiludimos e que de novo nos iludimos: andamos à procura…

P.S. 2 - De resto, se todos ambicionamos um bem perfeito e eterno, ele deve existir. Só pode acontecer que exista. Mas deve ser preciso procurar num lugar mais adequado. UTOPIA PURA!

P.S. 3 - Feliz dia da Mulher!


(Des) inspirado

por Narciso Santos, em 07.03.17

Às vezes o tempo parece parar…

Este tempo parado complica o meu processo de inspiração
Talvez devido a ele, não consiga concentrar
Escrever algo
Arranjar o que muitos pensam ser fácil “Um Tema”
Um objectivo geral, para partir para os específicos…
Tudo conspira contra, eu não quero acreditar nisso…
Acredito que ELES o autor, o poeta o pesquisador continua a viver cá dentro…
Não de mim, pois não me considero nenhum do descrito acima…
Sem objectivos, sem tema, sem inspiração… ELES vivem dentro de nós…
Será que a merda do cursor não se encontra no local certo?
Será que a merda da caneta não está no lugar correcto?
Eu deitado na cama será a posição Ideal? A posição incorrecta?
Será que deveria estar sentado numa cadeira numa secretária?
Será que assim me sentisse inspirado? Será que conseguiria começar algo?
Muitos Será…
Os Olhos fitados na imagem principal…
Os Olhos fitados no objectivo principal…
Os Olhos fitados nas mãos, no texto, nos caracteres…
Mesmo assim nada sai… A não ser isto que chamo de lixo que estou a escrever…
Será que a dose de Vinho Tinto que bebo é suficiente?
Será que deveria estar a beber?
Os Grandes bebiam, fumavam, e saiam-se com textos utópicos e fantásticos…
Eu bebo…
Eu não fumo…
Não sai nada…
Só isto…
Será que devo fumar?
Olhos na tela…
Mãos nas teclas…
E a Mente estará focada?
Ouvidos na melodia que outrora trazia inspiração…
Sim acho que tudo está a favor…
Sairá algo, um poema, um texto, uma prosa da caneta, do teclado que não é mais nem menos que a ligação entre o papel e uma alma deambulante…
Disto sai algo, um poema que cresce como uma árvore… ou algo vazio e fraco que fica pequeno como uma flor… Mas se for como uma árvore ou flor, ambas são bonitas…
Yep no inspiration but… "a poem is and always will be a poem that grows inside a mind, a heart and should… and that shows everything for everyone who reads this wherever you are…"
Um poema será sempre um poema quando sai de dentro e mostra tudo do lado de fora Seja pra quem for…
Desinspirado…


Ler nas entrelinhas...

por Narciso Santos, em 06.03.17

Parei! Quero mudar... Eu posso mudar!

Libertei-me daquele novelo de aço que se tornava cada vez mais forte à medida que eu combatia para me livrar dele... já não existe mais nenhuma empatia que me faz rebolar na cama... vivo numa ausência. Se é verdade que espero encontrar empatias que me preencham me motive a subir penhascos e saltar deles de olhos fechados e coração aberto, também é verdade que por nada disso anseio... sem ter uma atitude passiva, fico sentado no meu banco, olhando para o jardim que eu plantei, lembrando-me de antigos passeios... lembrando-me de antigos amores, mágoas... momentos.
Sinto-me bem aqui sozinho, não nego que por vezes ainda te procuro, mas continuo sem te encontrar, sei que é um jardim complicado... em que facilmente me perco.
Sabes gosto de ti... nunca te o disse... porque nunca te conheci, mas isso não me impede que te diga agora o quanto gosto de ti! Gosto de ti como gosto de ver o mar... que até nos dias de tempestade sabe como me agradar... sorrindo, à sua maneira o mar sorri para mim, mostrando que é na natureza, na minha natureza que estão as respostas para os meus problemas, mostrando que a força e a beleza podem estar conciliadas com a sinceridade de um rebentar de uma onda. Gosto de ti!
Boa noite escura ... que encontrem uma frase perdida dentro de vocês e escrevam-na dentro no vosso interior...Como em todos os meus textos, procurem as respostas não só nas frases.. mas principalmente nos pontos finais e nas reticências... Sim estas reticências que me perseguem...


Memórias de um Beijo

por Narciso Santos, em 03.03.17

Minha vida é um filme.

Eu sou o riso, a luz e o fim.
Sou o coadjuvante e sou o príncipe.
Eu sou eu mesmo e sou tão louco.
Sim, eu sou feliz, e faltam cinco minutos para eu ser mais.
Sou quase poeta e sou quase a poesia.
Sou quase artista, quase estilista, sou quase santo (nome pelo menos).
Sou quase... Sou quase.
Minha vida é um filme, um circo e um livro, é um palco, é escuro, é um tgv.
Sou criança e sou tanto...
Tão pouco sei de mim... e brinco e sonho e penso e divago....Vejo mundos que não são os meus, vivo num mundo que não considero meu…

Sou adulto, sou criança, sou homem, sou humano, mas não quero ser nada disto porque também não o que quero, mas ao mesmo tempo quero tudo e não se pode ter tudo e não se consegue parar de escrever ate os dedos sangrarem e quando finalmente pararmos nada do que escreveremos fará qualquer sentido, mas ao se entranharem em nós alguns podem retirar sentido destas frases soltas, palavras, carateres....

É algo mais para preencher espaço aqui....

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